quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O paradoxo do escritô

     Certa vez eu estava bastante entediado e decidir brincar de ser escritor. Criei então um personagem; ele também era um escritor. Eu sei ,isso parece estranho, mas eu pensei: por que não? Com isso, o personagem criou vida. Na minha história, o personagem que era escritor resolveu fazer uma história. Curiosamente, na sua história havia um personagem cuja profissão era também de escritor. Pronto, a confusão estava feita.
     Qual personagem era real? Eu, que comecei essa bobagem toda? O primeiro escritor? Ou o escritor do escritor? Ou ainda pior: como ter certeza que isso tudo era real? Afinal, eu poderia muito bem ser uma criação de uma pessoa que estava entediada e resolveu escrever uma história cujo personagem principal também era um escritor. Não é mesmo?
     Uma história em altos níveis, eu concordo. Confusão total. Mas não é a vida uma confusão? Um paradoxo, ou talvez, vida e morte sejam realmente abstrações não-quantificáveis.

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